sexta-feira, 24 de julho de 2015

"CASEI COM UMA AMIGA!"

Quando for procurar alguém para passar o resto da vida com você, procure alguém que tenha amizade, porque no final, é só isso que resta.


Não é frase de adesivo de carro. A amizade é o principal de um relacionamento, afinal de contas, somente amar e desejar não é tudo que sustenta duas pessoas envolvidas entre si. Não há sentido algum procurar um casamento que antes de qualquer coisa não seja realmente alguém que estamos dispostos a desenvolver uma amizade sem prazo pra terminar. O motivo é simples. Aprendi com os mais antigos:

“Quando for procurar alguém para passar o resto da vida com você, procure alguém que tenha amizade, porque no final, é só isso que resta.”

Amigo é aquele que a gente realmente sente saudades, lamenta a sua falta, não se sente bem quando está longe,e que segredamos e convivemos. É aquele que topa qualquer coisa para estar junto e que vez ou outra deixa a gente um pouco frustrado também.

Existe um discurso velho de que ou escolhemos a namorada/esposa ou os amigos. Isso para mim é completamente sem sentido. Os amigos são aquelas pessoas que nos apoiam em nossas relações e os nossos companheiros são aquelas pessoas que nos incentivam a procurar nossos amigos. É complementar, saca?


É por mais este motivo que insisto: O nosso amor tem de ser nosso amigo! Ele é a pessoa que diz coisas que faz a gente suspirar de alegria e também diz outras que a gente jamais achou que ouviria. Ele faz coisas que deixa a gente completamente emocionado e faz coisas que nos custa acreditar que aconteceu. Ao nome disso damos amizade. O que seria da comunhão se duas pessoas não escolherem permanecer juntas em amizade?

É na amizade e no amor que desenvolvemos mutuamente um respeito, um carinho, uma necessidade de estar junto que não há hora extra no trabalho que nos segure. Não há distancia que nos impeça de expressar um carinho pelo outro.

Casei com uma pessoa que é realmente uma amiga. Ela me surpreende, mas tem muitas faltas. Ela me impressiona, mas normalmente é bem comum. Somos amigos antes de qualquer coisa. Talvez seja apenas sorte, mas também penso que escolhemos ser amigos um dos outros. Isso fez diferença.

Pode parecer muito clichê, mas não devemos buscar tão somente alguém que a gente admire pela beleza, que viva cheio de surpresas, ou simplesmente pela capacidade de me sentir bem ao lado dela. A gente ama para fazer o outro feliz. É uma pena que tenhamos perdido essa perspectiva sobre o amor.

Ter compromisso com um amor que seja um amigo é muito melhor que conviver com a obrigação de ficar com alguém. No final das contas, você vai ver que eu tinha razão.

Nada melhor que um amigo para decidir se compramos um consórcio ou financiamos algo, se lavamos a louça do jantar ou assistimos a um filme deixando aquele monte de pratos, copos e talheres para amanhã. Nada melhor que um amigo para explicar o filme antes dele mesmo terminar ou para tomar uma chuva utilizando um guarda-chuva que mal cabe uma pessoa. Os melhores amores são feitos por gente que são, antes de tudo, grandes amigos.

Quando o espelho denunciar o que nos tornamos, sobrará risos de duas pessoas que aprenderam a rir de si mesmo. Nesse dia, a amizade será tudo. E não precisaremos de mais nada para viver.

Fonte: Obvious

terça-feira, 21 de julho de 2015

Se planejamos para um ano, plantamos arroz.
Se planejamos para dez anos, plantamos árvores.
Se planejamos para cem anos, preparamos pessoas.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Omar Sharif

 Minha filosofia é que quando eu saio do meu quarto, eu estou preparado para amar a todos que encontro, a menos que eles sejam ruins.

Mark Twain

Daqui vinte anos você estará mais decepcionado pelas coisas que você não fez do que pelas coisas que você fez. Portanto lance fora as amarras. Navegue longe dos portos seguros. Pegue os ventos da aventura em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra. 

No ano passado...

Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...Tudo sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraordinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas. Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:
"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".
Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova. 
Mario Quintana