segunda-feira, 29 de outubro de 2012

007 - Operação Skyfall

8,7...

O roubo de um HD contendo informações valiosas sobre a identidade de diversos agentes, infiltrados em células terroristas espalhadas ao redor do planeta, faz com que James Bond (Daniel Craig) parta atrás do ladrão. A perseguição segue pelas ruas de uma cidade na Turquia e acaba em cima de um trem. Precisando impedir que a peça seja levada, M (Judi Dench) ordena que a agente Eve (Naomi Harris) dispare, mesmo sabendo que o tiro pode atingir Bond. É o que acontece, fazendo com que o agente 007 despenque de uma altura incrível. Considerado morto, Bond passa a levar uma vida como "fantasma" até assistir, pela TV, o ataque terrorista sofrido pelo MI6 em plena Londres. Disposto a mais uma vez defender seu país, ele retorna à capital inglesa e se reapresenta a M, mesmo guardando uma certa mágoa dela por ter ordenado o disparo. Logo eles descobrem que o responsável pelo roubo e o atentado é alguém que conhece muito bem o modo de funcionamento do MI6.
É inegável que 007 tem uma receita infalível, não há um filme que possamos dizer que seja ruim. Muito embora não inove muito, em termo de trama, não cai na mesmice, pelo contrário, mostra ação o tempo todo, e quando ela se faz discreta, o filme assumi um contra ponto pontual.

A trilha assinada por Thomas Newman tem destaque mais que merecido neste filme, explicitando a canção tema Skyfall, composta e interpretada por Adele. O longa é quase um elogio a parte técnica, cada qual no seu devido lugar, não tentando se sobressair demais e nem ficando incógnita. A fotografia é de alta (altíssima) qualidade e, que se ressalte a sequencia final.

O elenco como de costume, reuni grandes talentos. Embora já seja uma figura carimbada nos filmes do agente secreto, Judi Dench, a querida M, desperta neste novo filme com uma postura mais firme, como uma verdadeira chefe de agencia de espionagem. Imaginar que não se verá Judi num próximo filme de James Bond, causa uma certa melancolia. Javier Bardem, esse é sem dúvidas um camaleão, está simplesmente perfeito no papel de Silva, o elenco "principal" é completado por Ralph Fiennes, que dispensa comentários.
No entanto, embora protagonista, podemos e devemos destacar o trabalho de Daniel Craig, que a cada filme está mais a vontade na pele do agente secreto 007. Segue completando o elenco: Naomie Harris, Bérénice Marlohe, Ben Whishaw, Albert Finney e Helen McCrory.

Não há muito o que dizer de um filme deste porte. Todavia, o que se pode dizer sem medo de errar, é que é um filme que não decepciona, dentro de sua proposta, é impecável.

Impressionismo: Paris e a Modernidade

CCBB-RJ



"... no mundo só há de verdadeiramente interessante Paris..., e todo o resto é paisagem."
- Eça de Queiroz


Esta é sem dúvidas uma exposição que merece ser vista. Vista e revista. Alguns dias atras chegou ao Rio de Janeiro a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade" - com 85 obras-primas - grande artistas como: Van Gogh (infelizmente, pude atentar apenas um), Cézanne, Renoir, Manet, Gauguin entre outros.
E, esta exposição traz ao público carioca quadros referencia, grandes expressões do movimento Impressionista, cujo grande mestre Claude Monet, está representado por várias obras, como: La gare Saint-Lazare, de 1877.

Quando se trata de arte, não há como expressar em palavras a sensação de estar diante de Danseuses montant un escalier, belíssima obra de Edgar Degas. Só restando admirar.

Outra obra, mais que prima, de Monet que está exposta é Le bassin aux nymphéas, harmonie verte, é, embora simples, um quadro que guarda uma beleza única, o fato de ser "simples" é onde reside todo seu esplendor. A serenidade da cena é aplacadora.

Pissarro me conquistou com Jeune fille faisant du feu. Gelée blanche, a luz que o quadro transmite, é simplesmente única. Muito para alem do que se vê.

Outro artista que chamou atenção foi Adolphe Monticelli, com sua natureza morta Nature morte au pichet blanc. Um belíssimo óleo sobre madeira.

Le Fifre de Edouard Manet é a estampa esta exposição, muito embora não o ache um belíssimo quadro. Todavia, tem seu valor.

Se existe uma coisa subjetiva, é arte e, o gosto por ela. E, não cabe aqui ficar  dissertando sobre o que há ou não nesta exposição, ou o que é melhor para se ver. Se posso dizer algo,  é  que não há como não ver. E, alem de tudo, uma chance de conhecer e ver outros artistas, que não são tão ovacionados, mas que são mestres.

A imprensa carioca dá um grande destaque a fila que se formou neste últimos dias. No entanto, mesmo que você enfrente uma fila, com certeza vai valer a pena (Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena).


Ps: Cabe ressaltar que todas as obras são parte do acervo do Museu d'Orsay, museu esse que reuni um grande número de obras impressionistas. Salvo engano, a maior coleção relacionada ao movimento. E sendo d' Orsay dedicado a ele.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Queria saber quais cores combinam?"

[...]

Outro dia, lendo os comentários da página do MPH no Facebook, deparei-me com este: “Queria saber quais cores combinam”. Talvez esta seja uma dúvida que muitos têm, pois vai além do básico “cores claras combinam com cores escuras”; esta não é uma tarefa fácil. Exige principalmente bom senso. E isso é ruim, pois as cores são um estimulador visual poderoso. A compreensão das cores é parte fundamental para se vestir bem.

Normalmente a maioria dos guarda-roupas dos homens se limita a tons de azul, branco, preto e cinza. Não que isto seja ruim, pois essas são as cores que você pode combinar com facilidade.

As cores têm que estar relacionadas de maneira correta. Para isso, existem três esquemas de cores básicas: Adjacentes, Complementares e “Grupos de três”.

Este trabalho é auxiliado pela roda de cores, que apresenta as cores básicas e suas relações.

Cores Complementares: são aquelas que estão diretamente relacionas na roda das cores. Isso cria um contraste vivo em uma roupa, como por exemplo, o carmesim se destaca quando combinada ao verde.


Cores adjacentes: Core, que ficam uma ao lado da outra na roda de cores. Elas se harmonizam uma vez que cada um delas contém um pouco da mesma cor. Um exemplo seria calça azul, uma camisa azul-verde e um suéter roxo. Cores adjacentes incluem cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) e cores frias (verde, azul, violeta). Selecione duas cores quentes, com uma fria ou duas frias com uma quente para criar uma harmonia dinâmica. Exemplo: terno azul-marinho, camisa azul clara e gravata vermelha.


“Grupos de três”: são equidistantes entre si na roda de cores. Isso cria uma forma mais equilibrada de contraste.


Cores neutras: tons de branco, preto, cinza ou bege. Combinam com todas as cores, ou podem ser usadas ​​em conjunto. Calças cáqui, camisa branca e um suéter cinza, criam um conjunto composto de todas as cores neutras. Juntas, as cores neutras não criam um aspecto dinâmico, mas são sofisticadas.

Preto, branco, cinza, e marrom não são cores separadas na roda de cores, mas são criadas a partir de diferentes porcentagens de vermelho, amarelo e azul.

Tabela de Combinações


Algumas considerações adicionais:

Cores sazonais: Algumas cores são mais adequadas em determinados momentos do ano do que outros. Tal como os pastéis, são normalmente associados com o verão, enquanto as cores do outono são ferrugem, marrom, verde e vinho.

Contraste: Tente uma peça clara com duas escuras, ou uma escura com duas claras, como um terno preto, camisa branca e gravata vermelha, ou terno bege com camisa amarela e gravata verde. Ou calças caqui e uma camisa azul-escuro.

Valor da cor: cores escuras diminuem, isso é, fazem você ficar menor, e cores claras tendem a deixá-lo maior. As cores escuras são mais formais do que as claras.

texto por Rafael Luiz.

New York, New York - Frank Sinatra

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Homem de Ferro 3

Trailer Oficial

Este é um filme super esperado (por mim com certeza - sou muito fã), assim como Os Vingadores foi. Sou muito suspeito para falar de Tony Stark, mas para quem gosta do gênero sabe que os outros filmes não ficaram a desejar, pelo que podemos chamar de bons; boa adaptação dos HQ (muito embora muitos puristas não concordem com isso, mas vamos combinar que são bons os filmes - Homem de Ferro I e II).


Não vejo a hora de 2013 chegar... Com certeza trará esse e outros bons filmes. 
Ah! Pelo trailer, parece ter uma fotografia muito boa.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

As Vantagens de Ser Invisível [The Perks of Being a Wallflower]

8,9...

"Charlie (Logan Lerman) é um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Sua professora de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si... até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele."
Charlie é um jovem solitário que passou por maus momentos. Acabou de perder o amigo, que cometeu suicidio e tem ainda de conviver com as lembranças da morte de sua tia. No ensino médio, Charlie tem dificuldade em fazer amigos. Mas em uma determinada aula conhece Patrick (também conhecido como "Nada", rs) que logo o apresenta a sua meia-irmã Sam, passam a ter com eles uma relação de amizade.

Um dos principais méritos da produção está na direção de fotografia, que esteve sob o comando de Andrew Dunn. Já a trilha sonora foi comandada por Michael Brook (foi também responsável pela trilha sonora de "Na Natureza Selvagem" - filme maravilhoso, diga-se de passagem), que a fez de forma magistral.

The Perks of Being a Wallflower (no original) conta com um desfecho duro, trágico e surpreendente. É um bom exemplo de filme estrelado por jovens, mas que pode agradar a todo tipo de espectador, desde os mais jovens aos mais idosos (na sala que assisti tinha várias pessoas "vividas", rs).


  • Logan Lerman, que tambem protagonizou "Percy Jackson e o Ladrão de Raios", cria um Charlie com extrema mesura e dedicação. O ator consegue passar ao público de forma magistral a sensação de uma pessoa que está em momento delicado da vida e precisa lutar contra uma depressão.
  • Ezra Miller, de Precisamos Falar Sobre Kevin, transforma seu personagem em um sujeito muito interessante e agradável/divertido. Todavia, nem tudo são flores na vida de Patrick, e Ezra sabe expressar muito bem situações internas de sofrimento do seu personagem (expressões, falam mais que palavras).
  • O que dizer de Emma Watson, para muitos a eterna Hermione, de Harry Potter. Emma surge na tela de forma radiante e brilhante. Tornou-se uma ótima atriz. Este trabalho é marcado por uma naturalidade que faz com que o espectador se identifique de forma imediata com sua personagem. Em poucos minutos esquecemos da bruxinha Hermione e passamos a conhecer Sam.
Este é o trio que dá vida a este filme. Em busca do amor, da felicidade e da aceitação, eles se unem em uma grande amizade. Como estamos falando de adolescentes, e no colegial, romances pontuam o filme, mas o foco é outro, é a AMIZADE.

Como co-adjuvantes , temos Mae Whitman - que vive Mary Elizabeth, Paul Rudd, Nina Dobrev, Dylan McDermott, Kate Walsh e Melanie Lynskey. Co-adjuvantes perfeitos, cumprem muito bem seus papeis, mas sem querem roubar a cena. 



O filme é adaptação da obra homônima, cujo  autor é Stephen Chbosky (nome impronunciável, rs), que tambem assina o roteiro, a produção executiva e a direção. talvez por isso o filme tenha uma sensibilidade única e muito pessoal. O longa tem John Malkovich como produtor, já é um passe.



Simplesmente Imperdível! Este filme tem o mesmo sabor de nostalgia que podemos ver em "A Guerra dos Botões".

"Volver a los 17"

A Entidade

7,2...

"Ellison (Ethan Hawke) é um escritor de romances policias que acaba de se mudar com a família. No sótão da nova casa ele descobre antigos rolos de filme, que trazem imagens de pessoas sendo mortas. Intrigado com o que elas representam e com um estranho símbolo presente nas imagens, ele e sua família logo passam a correr sério risco de morte." 
Neste longa, Ethan Hawke interpreta um escritor em crise, seus livros são baseados em casos policias reais e, na tentativa de trazer de volta seu "gênio criativo", muda-se com a família para uma casa onde aconteceram vários assassinatos; claro, sem contar isso a sua esposa e filhos. E é neste "lar" que toda a história se desenrola, Ellison encontra uma caixa com rolos de Super 8 e um projetor (fiquei com vontade de comprar um equipamento de Super 8). E nestes rolos (filmes) ele assiste assassinatos em série, de outras épocas.

Embora no mundo "real" dificilmente pensaríamos como o protagonista, na ficção, vale tudo. Sendo assim, o público vai encontrar os ingredientes necessários de um suspense/terror que "anda nos trilhos".

Cena a ser destacada é uma que ocorre no notebook com a Entidade de protagonista. Embora mentirosa, causa o impacto certo.

A Entidade usa e abusa de elementos comuns em seu gênero e não inova, sendo isso uma fraqueza do longa, no entanto, é um bom exemplo do gênero, sinistro e assustadoramente certinho¹.

Poderíamos dizer  que o filme é "mais do mesmo". Mesmo assim vale a pena assistir!



¹ - P. D. Oliveira.

sábado, 20 de outubro de 2012

The Calling - Wherever You Will Go

"Live in Helsinki"

Quando damos uma boa olhada no youtube, numa tarde entediante, corremos o risco de achar uma preciosidade dessa. É como diz Fausto Silva: Quem sabe, faz ao vivo. E Ella realmente sabe, é muito boa... 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Max Schneider / Somewhere Over the Rainbow

We Are Young - Fun - Official Acoustic Music Video - Savannah Outen & Ma...

Maroon 5 - Payphone (Avery ft. Max Schneider) iphone cover

FAUSTO

6,7...

É uma adaptação um tanto fraca! Densa demais para uma adaptação cinematográfica.

No entanto, não é um filme que devemos deixar de considerar, guarda seu valor, muito embora não aproxime o telespectador/cinéfilo da obra dGoethe como talvez devesse ou fosse a intenção. 

Contudo, há coisas no filme de podemos glorificar. Tais como: a fotografia - trabalhada num tom que é muito adequado ao contexto - e o jogo de câmera com seus enquadramentos singulares, muito diferente do que o roteiro comercial (Hollywoodiano) oferece. 

Os russos tem muito a melhorar em matéria de adaptação. Porem, é uma forma de apresentar Johann Wolfgang von Goethe ao público, de uma forma mais light e rápida.

Tem seus méritos. Contudo, muitos deméritos.

The Crazy ones




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Intocáveis [Intouchables]

9,3...

Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.
Não só de contradição viverá uma história. O cinema francês, assim como todos os outros, não dispensa uma produção que atrai pelo contexto, humor fácil e, atores conhecidos. E com isso Intocáveis se tornou o segundo maior sucesso de bilheteria do cinema francês, o que já merece nosso respeito. Ele tem algo a dizer, não é?


O pilar do longa é a relação de opostos entre Driss que é negro, pobre, inculto e agressivo e Philippe que é branco, milionário, refinado e elegante. Enquanto Driss é um dançarino desmedido, Philippe é um tetraplégico. E é essa relação entre eles que é roteirizada e a partir daí surge naturalmente o tom de comédia, um tanto improvável. Afinal, Philippe um homem de grande cultura terá a assistência de uma pessoa que possui e demonstra pouco cultura.

As criticas sobre o filme ficam na área dos esteriótipos, que foram usados intencionalmente. No entanto, essas criticas acabam apenas por ficar divagando, pois por mais que lançar mão dos esteriótipos seja algo arriscado, Eric Toledano e Olivier Nakache (particularmente, não sou a pessoa que mais se liga nessa coisa de acompanhar diretos, atores e afins, mas com certeza esses merecem crédito, e tem minha "assistência" em seu próximo filme) acertaram.

Intocáveis se preocupa mais em ressalta as semelhanças entre os dois amigos improváveis, que fazer foco em suas diferenças. No entanto, o filme também foca no viés dos estratos sociais, que na mente dos personagens são muito bem delineados, porem eles não estão de pleno acordo com essa delineação, talvez por isso consigam ter uma relação amizade. Eles são unidos por sentimentos como a paixão pela música, o respeito pela família, o desprezo as convenções, assim como outras coisas...

O filme não é subversivo, ou vanguardista ao ponto de romper por completo com determinados clichês, pelo contrário, usa desses subterfúgios como ponto de partida. Todavia, a coerência é mantida, pois os personagens são politicamente incorretos do inicio ao fim, mas sem ser piegas ou cansativo pelo uso destes recursos.

O sucesso desta produção deve muito ao seu roteiro, um trabalho extremamente cuidadoso. Não podemos passar por essa produção sem ressaltar o ritmo imposto pelo roteiro, que é simplesmente notável. 
Em quase duas horas, este filme explora todas as piadas possíveis e, é neste aspecto que a montagem tem de ser enaltecida, pois o resultado é impecável, em nenhum momento o texto se estende demais (o que poderia fazer com que a piada perdesse a graça). É sem dúvidas um modelo a ser seguido.

Os críticos dirão que INTOCÁVEIS é racista ou que se pauta em esteriótipos. Mas quando você assiste ao filme, nota que não são argumentos válidos. É uma comédia escrachada (nada de não me toques) e politicamente incorreta (Vivemos a era do politicamente correto. No entanto, às vezes, ser politicamente incorreto é bom.) porem, mesmo assim, muito coerente em seu discurso. É capaz de agradar as mais diversas pessoas, sejam jovens ou adultos, de esquerda ou de direita. Essa talvez seja a grande característica do enorme sucesso do filme, na França e no mundo.

Intocáveis é simplesmente imperdível. 



ps: Engraçado, me veio a mente os filmes: "Sublime Obsessão", "Infâmia" e "Uma cruz à beira do abismo". E eu recomendo, são filmes maravilhosos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

I Have a Dream


Eu Tenho Um Sonho
Martin Luther King, Jr.
28 de agosto de 1963 Washington, D.C.


Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência, estavam assinando uma nota promissória de que todo norte americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade.


Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso protesto criativo gere violência físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de nossos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar.

Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano. 

Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais". 

Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. 

Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississípi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça. 
Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.

Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo espirito negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim".

Série: "Casas Brasileiras"

Casa Hungria Machado, projeto de Lúcio Costa




domingo, 7 de outubro de 2012

Dredd

6,4...

O juiz Dredd (Karl Urban) vive na megalópole Mega City Um, um oásis de civilização na Terra Maldita, cerca de 120 anos no futuro. Bastante temido pelos infratores da lei, ele acumula os cargos de polícia, de juiz e ainda tem o poder de executar suas sentenças. Um dia, ele é encarregado de treinar uma candidata a juíza com poderes mediúnicos (Olivia Thirlby), e neste primeiro dia de teste os dois enfrentam a maior e mais perigosa traficante de drogas do local (Lena Headey).

Não é um filme excepcional! 

Tem uma estrutura de tempo - espaço bastante original, ocorrendo a maioria das ações dentro do prédio Peach Trees, na verdade suas ruínas. Todas as cenas (a grande maioria) ocorrem numa tarde, dentro do prédio. 
Tem um jogo de câmera bem diferente dos seus "parentes", visto que em grande parte a câmera está colada aos atores, nos levando a ter o ponto de vista que o personagem tem naquele momento. E, essa escolha soa como um presente aos diretos de arte e de som, pois com isso podem produzir e explorar uma infinidade de sons.
As mortes assumem um ponto focal nesta trama. Ao passo que a "mensagem" não fica muito clara, lugar comum entre filmes de grandes efeitos especiais. [para mim o filme é bem amargo, deixa um resíduo desagradável na alma.].

Parafraseando um grande amigo, é um filme perfeitamente esquecível. Não que despreze sua audiência.



ps: caros leitores, peço desculpas por não ter tido tempo nos últimos dias para escrever resenhas mais elaboradas.

TED

Por falta de tempo não poderei me estender muito neste texto. Serei bem direto. E por isso peço desculpas!

7,4...


Trata-se de uma comédia (adulta) com certas restrições, haja visto que um deputado tentou proibir a sua exibição nos cinemas brasileiros. É algo para se assistir sem a pretensão de tirar algo mais profundo do filme. Ele tem o intuito apenas de divertir e, nisso, cumpre bem seu papel. Diverti, relaxa, faz rir, e muito. Quando você assistir ao trailer, terá uma prévia do que é, de fato, o filme. Como peça de entretenimento, recomendo, se você busca uma comédia com uma causa mais profunda, que te apresente uma mensagem mais profunda ou algo do tipo, creio que não seja adequado.

Recomendo... É muito agradável, e super divertido. 

sábado, 6 de outubro de 2012

Darcy Ribeiro

"Admito, com toda desfaçatez, que gosto demais de mim e que me acho admirável"


"...Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas".
"O Brasil como problema", de Darcy Ribeiro - Publicado por F. Alves, 1995 ISBN 8526503235, 9788526503236 - 320 páginas

"Guardo em mim recordações indeléveis das brutalidades que presenciei em fazendas de minha gente mineira e por todos estes brasis, contra vaqueiros e lavradores que não esboçavam a menor reação. Para eles a doença de um touro é infinitamente mais relevante que qualquer peste que achaque sua mulher e seus filhos. Esta alienação induzida de nossa gente, levada a crer que a ordem social é sagrada e corresponde à vontade de Deus, é que eu tomei como tema, mostrando negros e caboclos de uma humildade dolorosa diante de patrões que os brutalizavam das formas mais perversas. Tanto me esmerei na figuração destes contrastes que um pequeno bandido político em luta eleitoral contra mim fez publicar alguns daqueles meus textos de denúncia como se expressassem minha postura frente aos negros."
 "Testemunho", São Paulo, Ed. Siciliano, 1991, 307 páginas

"É indispensável namorar, no mínimo, três mulheres por vez. Pelo seguinte: primeiro, se você tem uma namorada, ela já quer casar; digo para elas: 'menina, só posso fazer você viúva. Deixa de besteira'. Algumas não querem casar, por causa do senso de que é preciso ficar com o homem. Eu acho que, depois de dez anos, o casamento fica meio incestuoso. A mulher, você gosta dela, tem carinho, mas, para o amor, outra é melhor. Acho eu, no meu fraco modo de entender. Casei algumas vezes, mas aprendi que é importante ter três. Não só porque a variação é interessante, mas você fica até mais carinhoso, você ama a variação e não há o perigo de casar".
Darcy Ribeiro no Roda Viva (1995)

#Arquitetura

Secção do Panteão de Roma, outrora também chamado de Agripa

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Recomendo!

A Última Estação

Uma co-produção Alemanha/Reino unido/Rússia, The Last Station - como no original, é um filme sobre Leon Tolstói. O filme foi dirigido e roteirizado por Michael Hoffman com base em um romance biográfico dos anos 90 de autoria de Jay Parini.

O enredo do filme está assentado na batalha em Sophia (Condessa Sofia Tolstói) e Vladimir Chertkov (discípulo de Leon) pelos direitos autorais de Tolstói. E conta de modo dramatizado os últimos dias de vida de Lev Nikolayevich Tolstoy na estação ferroviária de Astapovo.

Encabeçando o elenco está Christopher Plummer como Leon Tolstói e Hellen Mirren como Sophia Tolstaya. Paul Giamatti, James McAvoy, Kerry Condon, Anne-Marie Duff, Patrick Kenneduy e John Sessions completam o elenco de estrelas.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

LÍNGUA

Caetano Veloso


Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?

Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E - xeque-mate - explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?

Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(- Será que ele está no Pão de Açúcar?
- Tá craude brô
- Você e tu
- Lhe amo
- Qué queu te faço, nego?
- Bote ligeiro!
- Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
- Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
- I like to spend some time in Mozambique
- Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem.


Gotta Be You

 Não que sejam grandes músicos, mas eles tem seu valor, rs... 
 O clip é muito bom. Bem nos padrões hollywoodianos.