Tomar conhecimeto de uma máteria como essa causa uma indignação sem tamanho. Eles falam em "remuneração de mercado", ora, se R$ 26.723,13 não são considerados de mercado, o que seria então?
Obviamente estes senhores não estão a par do valor do atual salário mínimo praticado em nosso país, cujo valor de R$ 622,00 está longe de ser uma "remuneração de mercado"; independente da função exercida pelo cidadão, este valor sequer proporciona uma alimentação decente e/ou de qualidade a uma família de cinco pessoas [um casal com três filhos é razoável - os alemães inclusive quando tiveram a idéia para o "fusquinha", pensaram deste modo, neste número de passageiros].
Segundo o nosso texto CONSTITUCIONAL, o salário mínimo deveria garantir diversas coisas, entre elas, alimentação, educação, saúde, como bem demonstra o excerto de nossa constituição, isso, na verdade, é o que deveria se prestar o tal salário mínimo, todavia é possível fazer tais coisas com o referido valor?
“Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (...)”.
E agora, eles vem com essa história? Não são sensatos o suficiente para verem que isso é uma afronta. E mais: uma parte considerável da população "ainda" não encara esses fatos como ultrajantes!
Aqui, me refiro aos ministros de Estado, porém não se restringe a eles, outros ocupantes de cargos políticos também recebem salários que vão muito além do que poderíamos imaginar aceitável, diante da realidade brasileira.
E tem mais, os congressistas no Brasil custam mais caro aos cofres públicos que em outros países, inclusive e principalmente nos mais ricos.
Tem dó!
Brasil, acorda!
Até quando?
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