8,2...
O filme XINGU conta a saga dos irmãos Villas-Bôas, três jovens idealistas e aventureiros que resolvem encarar a aventura de conhecer o interior do país e sua população; alistam-se na Expedição Roncador-Xingu, cujo objetivo é desbravar o Brasil Central.
A história vivida pelos irmãos é totalmente ímpar, o contato entre brancos e índios é feito sem nenhuma baixa, na época [o filme tem início nos anos de 1940 e se estende até meados dos anos de 1960] se entendia que as terras ocupadas pelos índios na verdade era uma terra sem dono, os indígenas eram subjugados. Os irmãos entram nessa história para estabelecer um diálogo, que vai inclusive culminar na criação do Parque Indígena do Xingu.
A questão do parque merece destaque, pois na sequencia a criação do mesmo se dá uma grande "batalha" para levar diversas tribos para o parque, onde estariam seguras. Neste quesito cabe uma reflexão a cerca do tratamento dispensado por nós - ditos civilizados, aos índios, tanto num passado distante, quanto ao dado no início do século XX, também nos tempos atuais.
Uma frase de Cláudio Villas-Bôas resume bem a questão complexa ao se relacionar com os índios:
“Nós somos o antídoto e o veneno.”
Este filme é uma ficção baseada em fatos reais, não tem o carácter de um documentário propriamente dito, embora pareça. A fotografia do filme é muito boa, é uma das melhores que vi, em filmes brasileiros; as locações são muito boas também; o filme está bem amarrado e conta com bons atores, isso faz muita diferença. Em resumo, posso dizer que este é um filme que você não vai se arrepender de assistir, pois o conjunto da obra é bom. Nesse filme eu daria o premio de melhor ator a João Miguel que está ótimo.
"Ao recontar a saga dos irmãos, Xingu apresenta a luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros, traçando diálogo com problemas crônicos do processo de formação brasileiro."
É um dos melhores do cinema nacional!
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